BOLETIM 04
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CARTÕES TELEFÔNICOS DE INTERESSE
PARTICULAR - Emissão abusiva.
ANUIDADES 1997.
CARTÕES TELEFÔNICOS de PROPAGANDA.
COMENTÁRIOS DO BOLETIM Nº 5.
CIRCULANDO.
SÓCIO MAIS ANTIGO (in memoriam).
HISTÓRIAS DA FEIRA.
CONTRABANDO OFICIAL ?
CATÁLOGO DE CT's. MAIS UM !?
CURIOSIDADES:
O CT SUL AFRICANO E A TORQUESA.
A SOCIEDADE E SEUS SÓCIOS.
E ACABOU A FEIRA DOS SÁBADOS.
A CÉDULA DE 2 DÓLARES.
A MOEDA DE 1 DÓLAR.
NOSSOS SÓCIOS.
O BOLETIM Nº 6.
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CARTÕES TELEFÔNICOS DE INTERESSE PARTICULAR - Emissão abusiva
Cartões telefônicos de interesse
particular são aqueles que, embora aprovados pela TELEBRÁS
e contendo sua chancela, apresentam estampa e legendas de interesse e/ou
propaganda de eventos, produtos ou serviços de empresas privadas,
de puro proveito particular.
Infelizmente, têm apresentado tiragem muito
pequena, embora variada, em grande disparidade com a emissão comercial
do mesmo período ( digamos, quando aquém de 15% a 20% da
tiragem comercial, muitas vezes nem chegando a uma tiragem mínima
de 10% da comercial ), prestando-se, por isso, a inconvenientes e inconfessáveis
manipulações na distribuição em postos de venda
primária, que deveriam ser de livre acesso aos consumidores e, em
conseqüência, aos colecionadores.
Conviriam ser distribuídos pela TELEBRÁS
e/ou suas operadoras nas principais cidades, pelo menos em todas as capitais,
com venda primária em quantidades controladamente restritas a cada
interessado e pelo preço oficial. Não o sendo, essa distribuição
e venda primária é feita quase sempre com preços injustificáveis,
ficando muito sujeitas àquelas manipulações, às
vezes até condicionadas a outros interesses.
Por tudo isso, e enquanto sua tiragem e distribuição
não tenha paridade com as comerciais pela TELEBRÁS, a emissão
desses CARTÕES PARTICULARES pode ser considerada abusiva, sendo
desaconselhável incluí-los nas coleções normais
para evitar a exploração a que estariam sujeitos os colecionadores.
Colaboração:
ALBERTO A. da R. PARANHOS
Rua São Luiz, 927 Cabral-80.035-140 Curitiba
- Pr - Tel. (041) 252 - 3776
ANUIDADES 1997
O valor das anuidades para 1997 e para cada anuidade em atraso a partir de 01/01/97 é de R$ 25,00 para sócios adultos e R$12,50 para sócios juvenis.
A Diretoria.
CARTÕES TELEFÔNICOS de PROPAGANDA
Discussões acadêmicas ou chulas,
se fazem no sentido de se saber quais são efetivamente os CTs. de
propaganda. Os catálogos não são unânimes. Ora,
todos eles são de propaganda, a menos que estejam em branco.
Oficialmente segundo a TELEBRÁS, que é
a emissora de todos os cartões, sua própria classificação
é a seguinte:
IP - propaganda institucional própria.
PP - propaganda de produtos e serviços
próprios.
IT - propaganda institucional de terceiros.
PT - propaganda de produtos ou serviços
de terceiros.
Como se observa, todos são de propaganda.
Próprias ou de terceiros, mas o são.
E é muito fácil de serem distinguidos,
basta observá-los no reverso inferior esquerdo que as siglas ali
aparecem, entre parênteses, logo após a codificação
da tiragem. < 9703 ( 1Z IT 00 ) 4NCA B1 >
Nos mais recentes, onde a tiragem é destacada,
fica logo no inicio do parênteses < 97-04 (IT 00) 4PRTB1>
O primeiro exemplo refere-se ao cartão,
150 anos de CASTRO ALVES e o segundo: MHN - Automóvel PROTOS-1908.
Segundo essa classificação, oficial,
os que são considerados “propaganda”, para os colecionadores, são
os que tem a sigla PT. Por exemplo: EAT-Benefícios, Disque
Amizade, Special-Card, São Luiz, Interprint, Chisthian, Credicard,
Ice Tea, OMO, Orçamento Participativo, 25 Anos - Daruma, Ligue e
Assine Veja, Turma da Mônica, Supermercado Cristal, Fogões
Continental, os da Antártica, da Samsung, Docol e os mais recentes
de tiragem pequena.
Detalhe: - O “Caruaru”, apesar da tiragem de
3.000.000 de exemplares, está classificado na sigla PT (propaganda
para terceiros).
Publicações antigas e atuais, classificam
de publicitários, alguns cartões que na verdade não
o são, tais como: AZULCAR (IT), Anuncie Aqui (IP), CTBC - 500 MIL
(IP) e outros. Parecem, mas não são. Na dúvida, vale
o oficial, o que está escrito. Como a TELEBRÁS os classificou.
Agora, mais um dado interessante. O CT alusivo
ao lançamento do REAL, é considerado publicitário
e de terceiros.
< 94 01 07 ( 21 PT 00 ) 03 ALR B - 01 >, o
da INTERPRINT, e < 94 01 07 ( 1J PT 00 ) 02 ALR B 01 >, o da ABN.
Até agora não vimos em qualquer
publicação, o ALÔ REAL, na categoria dos publicitários.
Faltou pesquisa ou será que esse REAL, tão liberal, já
nasceu terceirizado?
COMENTÁRIOS DO BOLETIM Nº 5
A. Tomaz
Disse-o bem, Marcos Aurélio Lepca, nosso
atual Presidente, de que aquele boletim, fora feito em tempo recorde.
Entendeu-se por entregá-lo no dia
do Encontro Nacional... Daí a pressa. Instado pelo Marcos, passei
uma madrugada escrevendo alguma coisa. Literalmente escrevendo. O manuscrito
é verdade. Folhas grandes e com frente e verso. Só que na
verdade, não foram 11 folhas, foram 13, o que dá 26 páginas.
Nem tudo foi publicado. Alguma coisa por falta de espaço, outras
por falta de objetividade e uma até por devaneios meus, na falta
de lembrança. Tratava-se dos Reis Portugueses e Brasileiros, com
os seus títulos. Ocorre que esse assunto já fora abordado
no Boletim Nº 2.
Não sei porque, mas vira e mexe eu entro
nesse assunto. Devo ter uma veia monarquista.
Ainda bem que o MARCOS detectou a “mancada” e
cortou. Com toda a educação, anotou no manuscrito:
“Análogo, já publicado no Boletim Nº 2 - pág.
16.”
Outro assunto abordado, fora uma biografia do
nosso sócio mais antigo, aliás, era esse o título.
Floriano Shendroski, que no alto de seus 85 anos,
era um velho companheiro nas feiras e na sociedade.
A minha idéia, era ir homenageando o pessoal
meio por ordem de idade. Ocorre que nesse entre tempo, o “Seu Floriano”
veio a falecer. Foi no dia 30 de março de 1997. Aí o Marcos
entendeu por noticiar seu Falecimento, deixando a homenagem para o boletim
seguinte (este, no caso), argumentando se seriam necessárias algumas
readaptações ou a publicação na íntegra
do artigo, daquela data. Resolvi então que deveria ser na versão
original. A versão original vai publicada neste boletim.
Interessante como os nomes pegam: - A feira de domingo, realmente começou no Largo da Ordem em 1972. Já em 1976, passou para a praça Garibaldi, que fica a uma quadra do Largo da Ordem. Está lá até hoje. No Boletim 5, saiu: Histórias da Feirinha do Largo da Ordem. Aliás o nome feirinha também está inadequado. Já foi pequena quando só era no Largo da Ordem. Hoje é uma super feira. Começa na rua São Francisco, entra por uma quadra na Rua Mateus Leme, segue pela Rua Claudino dos Santos, entra pela praça Garibaldi, pelas Ruas Jaime Reis e Dr. Murici, depois pela Rua Dr. Kellers, atingindo a praça João Cândido. Aos domingos o alto de São Francisco fica literalmente tomado de barracas, pessoas e veículos. Até exposição de carros antigos tem. O que é realmente pequeno nesse contexto, aí o nome feirinha cabe, é o setor de colecionismo. Na face nordeste da Praça Garibaldi, indo do início da Rua Jaime Reis, virando no final da Rua Dr.Murici, ocupando menos de meia quadra. Hoje no total são apenas nove os expositores. Dois de selos, um de canetas, um só de CTs. e mais cinco de clínica geral.
Há bom tempo no seu editorial, o Marcos
pede a colaboração dos associados, “para escreverem ou mandarem
assuntos interessantes sobre numismática ou colecionismo”. Evidente
que isso é de suma importância. Tem muita gente versada na
numismática e afins, que poderia dar o ar de sua graça e
passar para o papel alguma coisa de muito útil. Vamos nessa minha
gente...
No editorial do Boletim Nº 4, se divulgava
que em breve teríamos um INFORMATIVO da S.N.P. De confecção
mais simples que o boletim. Na ocasião um sócio comprometeu-se
a fazê-lo e a remetê-lo regularmente. Isso foi em novembro
de 1996. Fez inclusive o primeiro protótipo. Ocorre que o referido
sócio, a partir de janeiro de 1997, tornou-se Secretário
Municipal de uma cidade do norte do Paraná. Assim ficamos sem o
voluntário e o projeto está por hora parado. Estamos no aguardo
de quem queira e possa assumir tal encargo, pelo menos enquanto o Cléber
Coimbra não venha a residir em Curitiba.
CIRCULANDO
1 - As novas cédulas de 1,00 BA e AB, 5,00
e 10,00 reais.
2 - As moedas de 1997. As de 0,01 , 0,05 e 0,10
já foram vistas.
3 - Uma quantidade de CTs promocionais de edição
restrita, deixando os seus aficcionados quase loucos.
4 - CTs que descrevem a quantidade de suas tiragens
diretamente, sem aquelas codificações de letras. Parece que
ainda não são todas as empresas emissoras que o fazem.
5 - Finalmente os beija-flores. Tão parecidos
que embaralham os telecartofilistas.
6 - Os CTs da capital Boa Vista.
7 - Não circulam: o AZULCAR, o CSM Fábrica.
Donde estarão?
8 - As cédulas de R$ 100, pararam mesmo
na série 1301, - Rubens Ricuppero - Pedro Malan?
9 - As cédulas de 1,00 já entraram
na série B, junto com as de 10,00 - Faltaram as de 5,00 e 50,00
reais.
10 - As moedas de 1,00 só foram emitidas
em 1994 ?
11 - E 1996, não há nem o 0,50
?
12 - Novo catálogo de CTs autoria de Cezar
Cury, de São Paulo e Luís Sérgio do Rio. É
cronológico e por séries, tipos, etc.
13 - O catálogo de cédulas do triunvirato
- Irlei, Amato, Júlio. Beleza de feitura. Só esqueceram da
“gola alta” na 146 e no módulo maior na 189. Aparecerão com
certeza na 2 ª edição.
14 - Outros catálogos - da RHM.
a) cartões telefônicos - em livro
ou em forma de fichário, com suplementos a cada 90 dias (citado
acima).
b) de cédulas - 5 ª Edição
de Manoel Camassa - 1942 a 1997, com a apresentação das cédulas
em frente e verso.
SÓCIO MAIS ANTIGO (in memoriam)
Curioso por “sui gêneris” , o nosso
sócio mais antigo, não é fundador da Sociedade. Não
sei como isso aconteceu. Talvez uma falta de iniciativa dos líderes
da fundação, ou uma falta até de insistência,
não sei. Este respeitável senhor só se incorporou
a nossa entidade em 1º de junho de 1991. A SNP foi fundada em 06 de
abril de 1991. O seu número de sócio, é o 96.
Os fundadores vão até o nº 65.
Como não é um daqueles “entrões”,
muito ao contrário, fica no seu ponto, mais ouve do que fala, não
discute nada, não impõe sua opinião. Assíduo
freqüentador das feiras e das reuniões da SOCIEDADE onde senta-se
sempre no mesmo lugar. Opera com moedas, cédulas, selos, relógios
em geral (bolso, pulso e parede), postais, medalhas, peças de decoração
e outras miudezas. Não opera com cartões telefônicos.
O seu interesse pelas moedas vai a tanto tempo,
que nem mesmo ele lembra quando começou. Nascido em 16-11-1911 em
Nova Galícia, região de União da Vitória. Transferiu-se
para Castro e depois Ponta Grossa. Foi comerciante nessa cidade em vários
ramos. Hoje do alto de seus 85 anos mora num dos bairros mais chiques e
centrais de Curitiba. Dirige seu carro como qualquer jovem. Mas também
anda muito a pé, em plena forma física. Excelente lucidez
e grande conhecimento da matéria de colecionismo em geral. É
conhecido também como o rei do chegar cedo. Dificilmente alguém
chega antes dele nas feiras. Levantar cedo, dormir cedo, deve ser o seu
lema.
Querido e estimado por todos os colegas. Pela
sua maneira de ser de agir, não criou em todo esse tempo atrito
com ninguém. Sério em seus negócios e cumpridor dos
prometidos. Sempre com uma variedade muito grande de material colecionativo
que carrega com o maior carinho.
De carros que possui, seu xodó é
um fusca lá do início dos anos 80, aqueles 1500, inteirinho,
inteirinho. Também de coleção. Estaciona aos domingos
sempre no mesmo lugar, bem em frente a Sociedade Garibaldi.
Gosta de um boné. Em outros tempos já
foi chapéu. Hoje são os bonés publicitários,
estilo juventude 90. Óculos e blusa, sempre. Manga de camisa, Curitiba
não tem calor suficiente. Malinha a tiracolo lá vai o “Seu”
FLORIANO SCHENDROSKI, o sócio mais antigo em atividade na SOC. NUMISMÁTICA
PARANAENSE.
Essas colaborações foram feitas
com base no conhecimento que temos dele, portanto sem o seu conhecimento
prévio, pois se assim o procedêssemos, ele, por sua modéstia,
não aceitaria e fatalmente não nos forneceria mais informações.
Nota: Esta matéria seria publicada no
Boletim nº 5, mas no fechamento tivemos a notícia do falecimento
do sócio Floriano. Entendemos então noticiar o ocorrido naquele
Boletim, levando nossos sentimentos à família e amigos, e
publicar na íntegra tal matéria neste boletim, como forma
de homenagem.
HISTÓRIAS DA FEIRA
Eis que um domingo, chega um casal de certa idade
e aproximam-se de uma banca de moedas e cédulas. Olham, olham, comentam,
ficam digamos “sapeando”. Sem que a senhora notasse, o marido, dirige-se
a banca vizinha, foi “sapear” por lá. A senhora, continua “sapeando”
aqui.
Em ato contínuo, chega a esta banca um
velho conhecido numismata. Colecionador, sócio da SNP, oficial do
Exército Nacional, já na reserva ou reforma não sei.
Cumprimenta o “banqueiro” e fica por ali, sua rotina de todos os domingos.
A senhora, continua “sapeando” e o oficial ali
parado. Até aí tudo calmo, nada demais.
Acontece que a certa altura a dita senhora
terminou o seu “sapeamento“ e resolveu ir embora. Não teve dúvidas,
deu uma enganchada no braço do oficial e o arrastou para o lado
contrário donde estava o seu marido. O nosso indigitado amigo não
sabia o que fazer. Apesar de oficial parecia um amador. Ficou vermelho,
cor de rosa e por aí afora. Não sabia o que fazer, o que
dizer.
Depois de andados alguns metros, já perto
da banca do Carmelino, a senhora se deu conta da mancada. E, em tom de
reprovação, ainda por cima, deu uma dura no nosso amigo.
Como se ele fosse o culpado, exclamou:
- “O senhor não é o meu marido”.
Olhando paro o outro lado, acabou achando-o.
Estava bem longe e em sentido contrário.
As más línguas até disseram
que ele queria mesmo perdê-la. Mas não deu certo.
A gozação foi geral. A turma não
perdoa. Eu estou até perdoando omitindo o seu nome, mas se me apertarem
eu conto.
Os sacanas de plantão até disseram
que se a senhora fosse uma MBC+ , bem que o nosso amigo levava. Coisas
desse tipo.
A propósito - a senhora foi classificada
pelos entendidos, como BC menos.
Aí, só mesmo a peso. . .
Um outro gozador de plantão sempre diz
que quem estiver a perigo e em estado de necessidade, que faça ponto
por ali que alguém leva.
Como diz o Cícero - “sempre tem um pé
para um chinelo velho”
O relógio da saída das feiras de
domingo, chama-se, “NHÁ BARBINA”. Esse apelido é coisa do
Carmelino. Quando ela chega, tá na hora de ir embora. Seu horário
é entre 12:30 e 13:00 hrs. Metodicamente, ela pára nas bancas,
olha muito rapidamente uma por uma e vai embora. Não conversa com
ninguém. O que desperta atenção são os seus
trajes. Excessivamente coloridos. Invariavelmente com meias de lã.
Daquelas a meia altura, antigamente se chamavam de “soquete”, não
sei se ainda chamam. Pode fazer o maior calor (calor em CURITIBA!), as
meias estão lá. Mas não é só isso. O
charme da “NHÁ BARBINA”, são os chapéus. Invariáveis,
inconfundíveis, para não dizer únicos. Detalhe: -
os chapéus não são repetidos. A cada domingo um chapéu
diferente. Não se sabe onde ela consegue tantos chapéus.
Seria a “NHÁ BARBINA”, chapeulismata?
Quando ela chega, alguém sempre alerta:
“chegou a NHÁ BARBINA, tá na hora de ir embora!”
O Cléber quando aqui esteve, no encontro
de abril de 1997, passou pelo “escritório do Cícero”. Mencionou-o
em seu boletim, de n º 11. Mas como é esse “escritório”
do Cícero? O pessoal daqui conhece e alguns até freqüentam,
mas os colegas de fora não conhecem. Então vamos explicar
o que é e como funciona o “escritório do Cícero”.
O Cícero é um empresário
exemplar, daqueles à moda antiga. Chega às feiras cedo. Antes
do escritório abrir. Tem uma cadeira cativa localizada entre os
pontos desse amigo que escreve e do Denis. Já chega com o jornal
lido e recortado se houver alguma novidade interessante. Ali se conversa
de tudo: da numismática, da sociedade, dos “causos” que acontecem
e por aí afora. Lá pelas 9:30 vem o engraxate. Ele tem dois.
Quando não vem um, vem outro. Às vezes vêm os dois.
Eles não falham. O Cícero paga mais que o preço convencional.
A essa altura começam a chegar os seus
“funcionários” e “sócios”. Lá pelas 10:30 começa
a ser montado o escritório. São as mesas do bar do outro
lado da rua que são postas na calçada. Lá pelas 10:45,
11:00 hs começa a funcionar a “empresa”. Sempre no mesmo lugar cativo.
Tudo regado a cerveja, tem uns poucos de coca-cola e até alguns
a nada. É a seco . Mas dá expediente. Isso vai até
13:00 hs. Depois fecha.
Quando está o Adelânio, aí
o “expediente” fica mais pesado. A “funcionariada” fica até
mais retraída. Como diz um amigo nosso - “O que corre ali em um
dia, não corre em um ano na feira”.
A “curtura” brasileira anda meio em baixa. Em
outros tempos na ginásio, que hoje é o primário de
5ª a 8ª, estudava-se um pouco de tudo, hoje parece que não
se estuda mais nada. Ou será que todo mundo é mau aluno?
Falo de História. Naquele tempo estudava-se a história do
mundo, hoje ao que parece nem a do Brasil. Não falo da numismática
, até porque isso ninguém sabe mesmo, é coisa de muito
pouca gente. Mas relaciono-a à história, que aí é
outro departamento.
Outro dia apareceu uma jovem entre os 20 a 25
por aí, poderia ter já uma faculdade pronta, se é
que chegou lá !
Olhou as moedas e disse:
- Minha mãe tem uma moeda de 1822.
( Esse diabo dessas moedas do centenário da independência.
Parece que só existem para encher o saco da gente).
O interlocutor, que por sinal era eu, perguntou:
- Não será de 1922?
- Não, é de 1822. Tem a PRINCESA
ISABEL.
Aí, o interlocutor não disse, mas
pensou: “A Princesa Isabel nunca foi homenageada em moedas, só na
cédula de 50. Onde diabos ela arranjou essa Princesa Isabel? Seria
a moeda de 400 Réis de 1901. A cabeça da Liberdade passa
fácil pela Princesa. Que maldade! Para a Princesa? Não, para
a cabeça.
Mas ficava complicado explicar tudo isso.
Aí esse escriba, que nos tempos de ginásio
era um aluno razoável, resolveu matar o assunto, mais rapidamente
e aproveitando o ensejo para dar uma bordoada.
- A sua mãe tem uma raridade! Considerando
que D. PEDRO II, que era pai dela, (da Princesa ISABEL) nasceu em 1825!
A jovem nada mais disse e nem lhe foi perguntado.
Achado conforme, foi embora. Graças a DEUS!
No mesmo dia, me chega (aquele era o meu dia!)
uma louraça , daquelas grandes aqui do sul. Metida a “curta”, acompanhada
de sua mãe. Uma velhota, ainda em estado MBC.
A jovem com toda a pompa e empáfia perguntou:
- O Sr. tem moedas da ÁFRICA ?
- Que país? - perguntei.
- JOHANESBURGO! foi a resposta.
Mas eu que não gosto de perder a viagem
e sair da filosofia de que “não há negócio sem troco”,
aproveitei:
- Puxa, fizeram a independência de JOHANESBURGO
e não me avisaram.
Muito provavelmente perdi duas “freguesas”.
E que não se venha a dizer que Johanesburgo
é a capital da ÁFRICA do SUL, porque não é.
Eles têm três capitais: Pretória - executiva, Cidade
do Cabo - legislativa, Bloemfontein - judiciária. Johanesburgo
é uma espécie de Nova Iorque deles. Agora o que tem de gente
que acha que Nova Iorque é a capital dos Estados Unidos, não
é mole.
Feira é negócio gozado. Cheira a
povo. Quem gosta de povo é político. Mas a gente convive.
Como existe gente diferente! Quem disse isso
parece que foi Nietshe.
Ainda bem, se fossem todos iguais não
haveria qualquer graça.
E como se criam expressões diferentes.
Algumas interessantes e até hilárias, às vezes. Mas
muito pouco explicativas e acadêmicas. Acho pouco ortodoxa por exemplo
a expressão:
- Cartão cheio!
Cheio de que? Novo, sem uso, seria bem mais explicativo.
Outras:
- Cédula importada!
Mais:
- Cédula com estrelinha!
- moeda de duas caras!
- Patacão de prata! (como se tivesse de
níquel ).
- Sigla do gravador (e se não fosse, alteraria
alguma coisa?)
- Moedas ÁRABES ! (como se fosse um país
só.)
- Cabeça grande! (Brasão 153, 154
e 155)
- Boné!
- Orelha! (sobra de papel nas cédulas,
desde quando orelha é sobra?)
- Marca de ferrugem em cédulas é
o fim. (elas não são de ferro ).
E aquela que nem o mestre PROBER aceita:
- Galho de fumo. O certo é tabaco. Fumo
é fumaça. Tudo segundo o PROBER.
E ele está certo. Até o “AURÉLIO”,
concorda com ele.
Está em voga baixar o pau na Polícia
Militar. Então vamos baixar o pau neles. Mas com razão. Com
critério. Com cortesia. Até com uma certa classe.
A crítica é feita exatamente com
o pessoal do trânsito nos domingos de feira. Há uma falta
de critério incrível. Falta a esses milicianos uniformidade
no tratamento. Há uns domingos que pode tudo. Noutros não
pode nada.
É multa prá todo mundo. Sabem como
é, esquinas, lado da rua que é proibido, guia rebaixada de
empresa que não abre aos domingos, essas coisas. Uns domingos podem,
outros não.
Mas o inusitado aconteceu exatamente comigo,
num domingo. Foi bem no triângulo de esquina do “escritório
do Cícero”. Lá pelas 8:30 quando cheguei, “fizemos” uma vaga.
O Carmelino recuou um pouco, o Miguel outro pouco, sobra-me o canto da
esquina, onde não dobra-se a direita. Portanto não atrapalhava
nada. O interessante que tudo foi coordenado pelo soldado de trânsito,
que erroneamente os chamamos de guarda. Naquela de: “mais prá cá
, mais prá lá, aí, pode vir, tá bom”. Tudo
bonitinho, vaga feita e com aquiescência da autoridade.
As 10:30 mudou a “otoridade”.
- Aqui não pode. O Sr. tem que sair.
- Mas quem me botou aqui foi o guarda, etc. e
tal.
- Não pode, tá irregular . Se não
sair eu multo.
Que beleza, às 10 e meia a gente tem que
ir estacionar lá na casa do chapéu.
Quem chega por último sempre pergunta.
Como é que está hoje?
- Tá calmo.
A gente para.
- Tá brabo.
A gente vai em frente.
Sem critérios rígidos o povo não
se acostuma e tem dias que é aquela zoeira.
Consultas. Recebe-se as mais variadas.
- Se a moeda tal tem ouro?
- Se o 400 Réis 1901 é prata?
- As cédulas autografadas, são
autografadas por quem ?
- Se a cédula tal, vale lá ? Esse
lá, é o país de origem.
- Se o Banco Central ainda tem em disponibilidade
as cédulas recolhidas?
Besteiras à parte, às vezes aparecem
algumas consultas sérias. Sérias prá quem consulta,
claro!
Outro dia um cidadão me perguntou se eu
conhecia uma cola transparente, para colar uma cédula de 100 dólares
que sua filha havia rasgado em três pedaços.
Uma senhora queria saber se eu conhecia a simpatia
feita com moeda de cobre.
- Não. Quando muito posso lhe arranjar
as moedas de cobre. Olha lá e se tiver. Senão vai bronze
mesmo.
Tem uma época do ano que procuram os vinténs
de bronze. Os de níquel não servem. Não sei prá
quê! São geralmente 7 ou 9. É bom porque lá
vai a bagulhada. Que tem algum esquema, tem. Quando ocorrer de novo vou
perguntar.
Prata prá umbigo de criança é
comum. Consultei a respeito uma vez o Dr. Arno. Ele me explicou que realmente
as vezes é preciso. Mas que qualquer chapa serve, o metal é
irrelevante. O essencial é que seja limpo. O negócio da prata
é pura besteira.
Falando em Dr. Arno, lembro-me que uma vez fui
buscá-lo no “escritório” do Cícero.
Ocorre que uma menina desmaiou na feira. Estava
com o pai, que ficou aflito.
- Deixe a menina deitada aí, que eu vou
buscar um médico. E fui. Expliquei o caso, o Arno prontamente deixou
os afazeres no “escritório” e veio. Indagou o pai da jovem dos precedentes
do caso. Foi lhe informado de que a menina havia feito naquela manhã
exame de sangue e que não lhe haviam dado após o exame, algo
doce, o que é normal nesses casos. Não lembro do nome
técnico que o Arno falou, quando ocorre essa falta de açúcar.
Mas não teve dúvida, tascou a receita na jovem. Um copo de
garapa. Caldo de cana que estava ali perto. Aviada a receita, feita a medicação,
a jovem ficou jóia.
O Pai queria pagar a consulta!
CONTRABANDO OFICIAL ?
A imprensa brasileira noticiou em 16 de junho
deste, a entrada de produtos contrabandeados através de navios da
marinha de guerra. E desde quando isso é novidade? E isso é
notícia numismática?
Sabemos nós que praticamente o início
das cédulas - papel no Brasil, foram as “Troco do cobre”. Isso porque,
havia muita falsificação, no Brasil e fora dele. Sabemos
também que haviam quatro “fábricas” nos Estados Unidos. Pois
bem, essas moedas vieram para o Brasil entrando pelo Maranhão pela
Marinha Brasileira da época. Um dos barcos chamava-se “CABOCLO”.
Demais informações: - JORNAL AURORA
FLUMINENSE de 24 de setembro de 1834.
CATÁLOGO DE CT’s. MAIS UM !?
Um cidadão lá do Rio, que se diz
filatelista à 10 anos, (atenção: - está na
circular assim mesmo: . . .à 10 anos”), e que por sorte a TELEBRÁS
criou o outro lado do colecionismo. A telecartofilia. Que possue vasto
documentos... (sic)
Resolveu publicar um Catálogo de Cartões
Telefônicos, cheio de idéias, curiosidades, aos amigos. .
. Junto a tal circular vai também um recibo de depósito bancário.
Quem contribuir antecipadamente, terá como “agradecimentos o seu
nome publicado em um diploma de honra ao mérito que mandarei quando
solicitar o catálogo junto com o xerox do seu depósito”.
Mais uma benesse: quem mandar a taxa toda “não
pagará a despesa de correio”.
Se diz associado da AFNB e mais: quem solicitar
o catálogo via “nosso amigo CLÉBER JOSÉ” terá
um desconto de 10 %.
Fala também da doação de
1.000 catálogos em benefício dos portadores do HIV do Hospital
da Ilha do Fundão.
É tudo meio esquisito, mas compreensível.
Talvez como idéia até passe.
Acontece que o nosso amigo (aqui sem aspas),
Cléber Coimbra de Brasília, simplesmente não conhece
tal “autor”. Informa que o mesmo não é associado da AFNB.
Que inclusive lhe é devedor de certa quantia há mais de um
ano e por aí afora. Está usando o nome do Cléber indevidamente,
pelo qual já está tomando as medidas cabíveis, começando
com a inclusão em sua coluna, “OVELHAS NEGRAS”, é claro.
Além disso, Cléber esta mandando circular aos seus amigos
dando o ALERTA GERAL para o fato!!!
É. . . Sábio provérbio italiano,
aquele:
“COSÌ, ANCHE MIA NONNA”
Tradução: - “ASSIM, ATÉ
MINHA AVÓ”
Recebendo antes e com o patrocínio do
CLÉBER . . . fica bem mais fácil.
CURIOSIDADES:
1 - A BANDEIRA BRITÂNICA.
Conhecida como UNION JACK, representa o Reino
Unido da Grã Bretanha e da Irlanda do Norte, que é o nome
oficial do país. Pela Grã Bretanha, entende-se: Inglaterra,
Escócia e País de Gales.
Sua bandeira é composta pela superposição
da cruz vermelha de São Jorge, da Inglaterra, da cruz branca de
Santo André, da Escócia e da cruz vermelha de São
Patrício, da Irlanda, tudo sobre fundo azul.
Gales está fora desta representatividade.
O seu Santo é São Davi. A sua incorporação
é tão antiga, (1284 - por EDUARDO I) que hoje está
fora de contexto. Não emite cédulas e moedas, ao passo que
a Escócia e Irlanda do Norte, sim.
2 - CÉDULAS DO VATICANO.
Ao que consta, o Vaticano ainda não emitiu
cédulas, só moedas. O Vaticano é de 1929 - tratado
de Latrão. De “quando em vez”, vê-se anúncios de cédulas
do Vaticano. Na verdade são dos Estados Papais, mais propriamente
falando - ESTADOS PONTIFÍCIOS. Até 1870, esses Estados compreendiam
mais da metade da Itália. Antes da revolução Francesa
os Estados Pontifícios se estendiam também pelo sul da França.
Esse minúsculo Estado, o menor do mundo,
tem uma área de 44 hectares. Ou seja, 440.000 m2, 18 alqueires dos
nossos ou 44 quadras. Uma “chacrinha” de 440 m de frente p / 1.000 de fundos.
3 - O DIA DO NUMISMATA.
É comemorado em 1º de dezembro. Esta
data foi escolhida, por ser a data do Decreto que aprovou a “PEÇA
da COROAÇÃO” - 1º de dezembro de 1822, bem como a data
da coroação de D. PEDRO I.
4 - SISTEMAS MONETÁRIOS
O Brasil passou por quatro sistemas monetários:
1º sistema - de 1695 a 1833
2º sistema - de 1834 a 1848 ( cruzados )
3º sistema - de 1849 a 1942 ( mil Réis
)
4º sistema - de 1942 a
( cruzeiro em diante )
Os dois últimos já em base decimal.
Embora o sistema métrico decimal só fosse adotado no Brasil
pela Lei nº 1.157 de 26-06-1862, as moedas antecipadamente já
estavam nesse sistema desde 1849.
5 - LEGENDA DAS MOEDAS.
Observando-se algumas moedas do Chile do século
passado: 5 cts., 10 cts., 20 cts., 50 cts., 1 peso, todas em prata, emitidas
entre 1852 e 1894, tem uma legenda um tanto agressiva: - “POR LA RAZON
o LA FUERZA”. Em linguagem de hoje seria mais ou menos a seguinte:
“Na conversa ou na porrada”. A propósito, o filósofo da feira
diz que : “Não há nada que não se resolva também
na porrada”.
O CT SUL AFRICANO E A TORQUESA
Essa história pode não ser engraçada,
mas é interessante.
Um dia me chega um camarada, que por sinal é
o meu mano, com um CT., que ele nem sabia de onde era e me perguntou:
- Você tem esse ?
Sabem como é, quem não é
do ramo, sempre faz essa pergunta. Peguei, olhei, não “tava” escrito
ÁFRICA do SUL, mas o seu preço era em Rand. Logo . . .
Verificando bem o dito cartão, notei que
tinha duas marcas, daquelas “brabas”. Dois arranhões de respeito.
Perguntei onde ele tinha conseguido. Aí é que ele me contou
a história. Antes devo dizer que o mano tem uma loja de materiais
de construção e logo perto há um telefone público.
A loja de materiais de construção é peça importante
na história.
Um gaiato, não sei se, de lá ou
era transeunte, vai ao telefone público e enfia o dito CT sul africano
no aparelho. Imaginem a dificuldade. Os CTs da terra do Mandella são
de “Chip ”, logo muito mais grossos. Mas o usuário conseguiu. Deve
ter dado muita porrada!
Acontece que o CT a “Chip”, não funciona
nos telefones daqui. E pior da história: quem tira o diabo do cartão
de lá ? Totalmente colocado e apertado, com pouco espaço
para segurar, com a mão, não mesmo. E agora? Já outros
usuários estavam na espera. E o cartão não sai. O
socorro é o material de construção. Lá deve
ter ferramentas. E tinha, mas o indigitado CT estava tão encalacrado
que nem com alicate ele saía.
Nessas horas sempre aparece uma idéia
salvadora. Um funcionário da casa, Emerson, - Emerson é nome
de quem sabe das coisas - deu o salvador palpite:
- Vamos usar uma torquesa de armador.
É, torquesa de armador, eu perguntei o
nome técnico para não escrever besteira. Essa ferramenta
é uma torquesa de 12 polegadas, daquelas de entortar ferro. É
mole?
Não deu outra, meteram a torquesa com
fé e arrastaram o CT para fora do telefone, para o alívio
de todo mundo. Usuários, os da fila, empresários, que foram
mexer onde não deviam.
O CT foi trocado por um nacional “meia viagem”
para o vivente dar o seu alô. E no final das contas eu
acabei ficando com ele. Não é lá essas coisas, mas
que tem história, Ah! isso tem. Ademais, esse cartão veio
lá de Almirante Tamandaré.
Pergunta:
Será que aquele cidadão que encontrou
aquela “extrema raridade” - a cédula de 1 real sem a numeração
e sem microchancelas, conseguiu sua fortuna pela peça?
- MARCOS. Ligue para ele de novo!
A SOCIEDADE E SEUS SÓCIOS.
Numa entidade como a nossa e nas demais por certo
também, o quadro associativo é dos mais variados possíveis.
De jovens, pré-juvenis a adultos, ou pós-adultos. Digamos
de 8 a 80.
Nas profissões, a variação
também é extensa e eclética. Vai do eletricista ao
diretor da COPEL . Do Rábula ao Desembargador. Do estudante ao catedrático.
Todos ligados pela numismática. Mas nós temos a ventura de
contarmos também com um padre. Não sei se as co-irmãs
também têm.
Padre numismata. Trata-se do espanhol Antonio
José Molina Molina. Pertence a Congregação dos Missionários
de Nossa Senhora da África. Essa entidade religiosa tem sua sede
em Argel, portanto na África. Seus membros são na maioria
Franceses e Espanhóis, mas já há Brasileiros no elenco.
Aqui no Brasil , a sede fica em Pinhais, na área
metropolitana de Curitiba. Caixa postal 1.047, CEP 83.300-000, Fone (041)266-5963.
Seria em Pinhais porque Pinhais é meio africano?
Mas voltamos ao padre. Gente fina, cultura elevada,
fala uma meia dúzia de línguas, por aí. Em numismática,
é especializado em África. Moedas e cédulas já
em fase bem adiantada. Quando o tempo lhe permite, freqüenta as reuniões
da Sociedade aos sábados, conciliando com serviços religiosos
que também presta em Carambeí.
Mas o padre além de bom numismata, se
entende bem com os lá de cima.
Certa ocasião, quando viajava, o seminário
lá de Pinhais foi assaltado. Entraram em todos os quartos, menos
o dele. As suas moedas foram preservadas.
No dia de nosso encontro, 04 de abril, logo cedo,
o ambiente estava tenso.
Eu tinha arrumado logo de cara uma encrenca com
um coleguinha de fora. Mas encrenca para mim é normal. Só
que não parou aí. O Cícero também arranjou
a dele, e quem conhece o Cícero, sabe que ele não é
disso. Mas o azucrinaram tanto que ele teve que fazer uso de sua patente
de Presidente.
Foi a primeira vez que vi isso acontecer em 6
anos de Sociedade.
Pois bem., logo chega o Padre Molina.
Falo com ele. Conto as histórias e peço:
- Padre, o Sr. pode dar um jeito nessa situação?
Fazer um entendimento com os homens lá de cima?
Ele não me respondeu nada. Mas que ele
deu uma ajeitada, ah, isso deu. O ambiente melhorou. Não houveram
mais problemas. Aquelas duas confusões ocorridas foram acertadas
e tudo ficou bem.
É, a Sociedade Numismática Paranaense,
está ficando metida. Tem até capelão.
E ACABOU A FEIRA DOS SÁBADOS.
As feiras começaram em Curitiba em 1972.
Um pouco atrasadas. A de Porto Alegre é de 1963.
Aqui o seu início, como em todos os outros
lugares, é aos domingos, pela manhã no Largo da Ordem, cujo
nome oficial é Praça Cel. Enéas.
Não passava de 20 barracas. Havia trânsito
de veículos, da Rua São Francisco para a Claudino dos Santos.
Em sua fase inicial, o seu forte eram as antigüidades. Daí
o nome popular da época, “mercado das pulgas”. Hoje em desuso, até
porque nem há mais antigüidades. Naqueles tempos haviam: livros,
discos, pedras, móveis, armas, (isso mesmo, armas de fogo), relógios,
objetos de arte e adornos antigos e uma porção de outras
coisas, eram ali expostas.
A numismática e a filatelia tinham lugar
de honra. Poucos eram os artesãos e pouquíssimos pintores
e escultores.
Dos numismatas que a iniciaram, hoje todos já
falecidos, é de se lembrar: Ivo Ferro, que era o diretor de teatro.
Alfredo Calderari, pai do pintor. Oscar Bohen, pai de Luiz Carlos-por muitos
anos Vice Presidente da Sociedade Numismática Paranaense. Paulino
José Schmidt, que era também escultor. Havia ainda Calabaid
e o Narloch de Rio Negro, o Dr. Straube e o pessoal da filatelia que era
intimamente ligado. Também o Eduardo Sallum que expunha postais
antigos. Possuia a maior coleção de cartões postais
do Brasil. Foi presidente da Associação Nacional de Colecionadores
de Cartões Postais. Expôs em Brasília, Rio, São
Paulo, Curitiba, Porto Alegre, etc. Faleceu precocemente em acidente automobilístico.
Não tenho informações atuais de seu acervo. Espero
que esteja com sua viúva e filhos.
Por expansão do artesanato a feira da
Ordem passou para a Praça Garibaldi. Ocupando inicialmente
o calçadão de seu lado esquerdo, entre as Ruas do Rosário
e Dr. Muricy. Numismatas, filatelistas, antiquários e afins ficavam
logo no início, em frente a sede da Fundação Cultural.
Novas ampliações, novas necessidades
de espaço. Foram os filatelistas e numismatas deslocados para um
espaço existente bem defronte ao Relógio das Flores. Onde
seria ou fora, a extensão da Rua Trajano Reis. A essa época
já era um total de 15. Até então, todos ainda vivos,
os fundadores e agregados a outros que se juntaram nesse entre tempo.
A alteração seguinte, foi de ordem
urbanística. Projetava-se a construção do patamar
elevado do outro lado do relógio das flores, conforme existe hoje.
Aí o pessoal dos coleções foi transferido para a calçada
do lado direito da praça. No início da Rua Jaime Reis, iniciando
no canto do relógio, até a esquina virando para a Rua Dr.
Muricy, onde hoje ainda se encontram. A tal mudança era para ser
provisória, para ao depois retornar. Mas com a obra pronta, para
ali foram alocados os pintores, ou expositores de quadros.
Foi ali e exatamente neste tempo que a parte
numismata-filatelista começou a definhar, diminuir. Os mais
antigos foram aos poucos falecendo, alguns se mudando de Estado e outros
simplesmente desistindo.
Daqueles 15, hoje o time joga só com 9,
e isso graças ao reforço do Miguel das canetas e do pessoal
dos cartões telefônicos. Sem estes a equipe seria ainda menor.
Mas isso é coisa de domingo, mas e a de
sábado? As feiras de sábado, para os “moedeiros” e “seleiros”
começou bem mais tarde. Foi na praça Tiradentes junto com
os artistas e artesãos. No quadrilátero existente entre a
Catedral e as Casas Pernambucanas. Mudaram-na para o Largo da Ordem, mas
o espaço era pequeno. Voltou à Tiradentes e finalmente para
a praça Rui Barbosa, onde permaneceu por muitos anos.
Da transferência da Tiradentes para a Rui
Barbosa, dentre numismatas e filatelistas foram em 7. Logo um desistiu,
uma senhora filatelista faleceu, outro mudou de estado, logo restaram 4.
Mais uma desistência, 3. Um perdeu a licença - 2. Agora em
30 de março o senhor Floriano faleceu, restou apenas um que
ficou até o fim. Último sábado - dia 10 de maio de
1997. E aí acabou a feira de sábado para os colecionadores.
O final da feira da Rui Barbosa o foi também
por motivos urbanísticos. Haverá o prolongamento da Rua Pedro
Ivo até a Visconde de Nacar, exatamente onde estava a parte principal
da feira. De artesanato claro, porque os numismatas estavam na Sen. Alencar
Guimarães.
Os artistas, artesãos e ambulantes, foram
alocados na mesma praça, no saguão da rua da cidadania, em
quiosques de arame. Agora ela se torna permanente, isto é , todos
os dias. É um shopping center do artesanato. Uma idéia muito
boa. Por certo ajudará muita gente. Gente humilde que acaba de conquistar
um ponto comercial no centro da cidade.
O numismata restante foi instado a também
ocupar um dos quiosques. Ocorre que os “comerciantes” numismáticos
- filatélicos, são diferentes dos artesãos. Via de
regra, são colecionadores, não são comerciantes, digamos,
profissionais. Exercem os seus “hobbys” em finais de semana. É gente
de feira mesmo, onde encontram-se as pessoas do ramo, na maioria das vezes
só para conversar, descobrir as novidades, contar vantagem e jogar
conversa fora. Assim, em quiosque não dá. Nem há condições
de se abrir diariamente, a numismática não é familiar.
É digamos: “pessoal e intransferível”. Não pode ser
exercida por outros. Aliás, quem não é do ramo, não
há raios que aprenda. Ademais, como estabelecimento comercial, e
o quiosque o é, também está em baixa. O possível
movimento não daria nem para pagar o aluguel. Para se ter uma idéia
de a quantas, as coisas andam, já tivemos simultaneamente entre
escritórios e lojas especializadas, seis. Hoje são apenas
duas. E um dos escritórios está fecha não fecha. O
seu proprietário diz que fecha, nós torcemos e até
imploramos para que não o faça. Se o fizer, a numismática
perderá ainda mais do que já perdeu. As filatélicas
especializadas, que já foram cinco, hoje são apenas duas.
Já que a coisa aqui está na base
do choro, vamos um pouco mais adiante.
Há as sociedades: a numismática
e a filatélica. Ambas, em salas modestas do Edifício Tijucas
e Lustosa respectivamente. Ambas adquiridas graças aos esforços
de seus associados. Doações, rifas, sócios remidos,
etc. Sem qualquer intervenção de qualquer setor público.
Na numismática por exemplo, contamos com ajuda de entidades congêneres,
bem como de associados de outros Estados, que só para colaborar,
aceitaram ser remidos na daqui. Isso representou em dispêndio do
adiantamento de 20 anuidades, sem qualquer vantagem para os mesmos. Além
de já serem filiados às entidades de seus Estados, aqui poderiam
ser sócios comuns, correspondentes. Sedes próprias, afora
a do Paraná, a de São Paulo e do Rio Grande do Sul, as demais
não têm. Funcionam em órgãos públicos
- correios, espaços culturais, museus, etc. E quem está numa
pior é a de Porto Alegre. Lá o lema é: “quem está
fora não entra e o que está dentro não sai”. Ocorre
que o edifício onde está a sua sede, se incendiou. O conjunto
da entidade não foi afetado, mas o edifício está interditado.
Logo. . .
Na Paranaense como nas demais, emite-se Boletins.
A periodicidade não é lá muito ortodoxa, por fatores
que só quem já fez um boletim conhece. Algumas, não
todas, tem subvenção oficial. Tipo impressão nas gráficas
governamentais, por aí.
Na nossa, os custos são cobertos com receitas
de associados e anúncios de comerciantes. Os boletins, são
remetidos a todos os sócios, bibliotecas, institutos históricos,
órgãos culturais, etc. A maioria deles, recebe e nem sequer
confirma ou agradece o recebimento. Quando o fazem, não o fazem
regularmente.
A numismática é essencialmente
cultural. É um vício, é verdade, mas um vício
salutar. Pela numismática pode se conhecer e avaliar os aspectos,
econômico, social, político, metrológico, histórico,
geográfico, mitológico, iconográfico, artístico,
cronológico, esportivo e outros, dos povos.
O retrato de Júlio César só
se conhece pelas moedas de seu tempo. “Prá” que melhor para o estudo
das inflações?
A numismática e o colecionismo em geral
tem de ser tratado como ciência, cultura, preservação
patrimonial e também como de ocupação salutar das
pessoas. Não como mero mercantilismo banal. Seus adeptos são
os verdadeiros irradiadores dessa cultura.
A CÉDULA DE 2 DÓLARES.
Verdadeiro tabu nos Estados Unidos. Lá
ela simplesmente não circula, porque ninguém a aceita. Sua
última emissão foi em 1976 e ainda é possível
encontrá-las novinhas - flor de estampa, em pacotes nos bancos.
Há uns anos atrás em contato com
um brasileiro que havia morado lá por seis anos, perguntei se ele
não havia trazido alguma nota de 2 dólares. Ele simplesmente
me respondeu que eu estava louco. Que tal nota não existia. Só
se convenceu quando eu lhe mostrei algumas que possuía.
Agora recentemente, falando com sua esposa, que
veio visitar familiares, ela me contou que em um programa de rádio
da cidade de Filadélfia oferecia um jogo de móveis de cozinha,
a quem fosse até a emissora e apresentasse uma cédula de
U$ 2,00.
O programa durou a manhã inteira e simplesmente
ninguém ganhou o prêmio. Se alguém a possuía,
por certo não apresentou por superstição.
Mas porque tanta superstição? Ao
que se sabe os americanos são muitos supersticiosos. Existem muitas
versões sobre o fato. A que mais nos parece lógica, ao contrário
do que se possa pensar, o problema não é o 2. É o
quadro que ela apresenta no reverso. Trata-se da alegoria da Declaração
da Independência. Onde um cidadão, dizem, insistiu em permanecer
de chapéu. Assim foi retratado. E os americanos entendem que chapéu
em local fechado, traz má sorte ? ? ?
A MOEDA DE 1 DÓLAR.
É outra que está parada no tempo.
As emissões regulares foram até
1978. Moedas grandes, com a águia e o Pres. Eisenhower. Até
aí beleza. Em 1979 resolveram mudar sem consultar o povo. Deu zebra!
Diminuiu-se o tamanho. A águia foi mantida, mas no reverso foi colocado
o busto de Susan Anthony. Conhecida como dólar SUSY. Os americanos
simplesmente não a aceitaram. Tamanho pequeno, com uma mulher e
ainda por cima a SUSY, nada feito. Susan Anthony foi líder do movimento
feminista. A homenagem ficou na intenção. Os bancos ficaram
entulhados dessas peças. E tanto isso é verdade que a emissão
parou em 1979. Lembro de ter adquirido de um cidadão que esteve
por lá e sabia das coisas, 10 peças a 0,85 centavos de dólar
cada. Ele havia adquirido direto de um banco e desconfio que ganhou uma
comissão em cima.
Dá para entender que o banco estava simplesmente
fazendo “liquidação”. E não era para renovação
de estoque.
NOSSOS SÓCIOS
(Continuação da lista do boletim
nº 5 )
Nº NOME CIDADE ESTADO
329 EMÍLIO BASSOI JÚNIOR SOROCABA
SP
330 LAVOISIER GALDINO NEVES OSASCO SP
331 ANA CRISTINA C. AYALA RIO DE JANEIRO RJ
332 RAUL MAINARDI CURITIBA PR
333 WILLIAN FERNANDO COCIOLITO SÃO PAULO
SP
334 ALFREDO ALBERTO KOLBE CURITIBA PR
335 MARCO PERONI PORTO ALEGRE RS
336 CID ROGÉRIO TEIXEIRA XAVIER CURITIBA
PR
337 JOSÉ MILTON DIAS MONTEIRO PRIMAVERA
SP
338 PEDRO LUIZ BENFATI GALBIER CURITIBA PR
339 NILTON MASSATOSHI AKIYOSHI CURITIBA PR
340 JOSÉ SIDERLEI AMARO CURITIBA PR
341 SELMO DE CARVALHO SANTOS CURITIBA PR
O BOLETIM Nº 6
Embora esta seja a abertura do boletim, sempre
escrevo esta parte por último, ou seja, quando o boletim já
está 99% pronto.
Faço isso exatamente para fazer alguns
comentários sobre o boletim e dar algumas notícias do andamento
da Sociedade Numismática Paranaense.
Continuando um trabalho iniciado na Diretoria
anterior, adquirimos um Computador Pentium 133 Mhz, com monitor SVGA colorido,
uma impressora matricial de 24 agulhas marca Epson., uma mesa para impressora,
filtro de linha e estabilizador de voltagem. Adquirimos também um
terminal telefônico, pois o antigo era de minha propriedade e estava
emprestado gratuitamente à S.N.P. Fizemos a mudança do interruptor
do banheiro para o lado correto., pois se encontrava “escondido” atrás
da porta. Contratamos uma funcionária para prestar serviços
à S.N.P. e salvo algum pagamento em banco ou outro serviço
externo, a Sociedade se mantém aberta de segunda a sexta-feira das
14:00 as 18:00 hs, ininterruptamente. Para facilitar os pagamentos de anuidades
e depósitos, abrimos conta corrente à Sociedade Numismática
Paranaense no Banco HSBC Bamerindus, Agência 0054, c/c nº 14.275-20.
A S.N.P. encontra-se em dia com todos os pagamentos de água, luz,
telefone, condomínio, IPTU, salário da funcionária,
FGTS, INSS, Vales transporte, entrega de declarações de isenção
de I.R., balancetes, livro-caixa, Atas, reuniões, boletins, etc.
Parece bom, mas esta Diretoria ainda quer mais.
Queremos aumentar o número de pessoas nas reuniões de sábado,
aumentar o número de Encontros Nacionais em Curitiba, aumentar o
número de associados à S.N.P., queremos fazer muito mais
e melhor. Todos estão fazendo sua parte? Apenas a sua parte, ou
nem isso? A maioria das pessoas vivem de ter “idéias”, “sugestões”.
Precisamos de atos, ação, participação. Se
você não faz, não critique... ajude. Se você
não comparece, pense..., como posso ajudar? Se você comparece,
pense...como posso ajudar? E transforme seus pensamentos em atos.
Há muito tempo que todo o pessoal que
vêm a Curitiba e nossos sócios, pedem que façamos mais
do que um Encontro Nacional por ano, devido ao grande sucesso. Pois bem,
faremos um Encontro Nacional em 07, 08 e 09 de novembro de 1997. A nossa
intenção é aumentar o nosso já conhecido padrão
de qualidade. As peças da V.S.O. serão analisadas em 100%
pelos Consultores Técnicos da S.N.P. e outros membros da Diretoria,
procurando levar ao comprador distante a SEGURANÇA, CREDIBILIDADE
e SERIEDADE desta Diretoria e da Sociedade Numismática Paranaense.
Dentro de alguns dias, vários membros
desta Diretoria e outros sócios colaboradores estarão reunidos
mais algumas vezes, dedicando seu tempo de descanso, lazer ou convívio
familiar, para classificar peças, conferir, planejar e preparar
o Encontro Nacional.
Falemos agora, um pouco da confecção
deste boletim. Como citado anteriormente, a S.N.P., tem uma funcionária
e recentemente, um computador moderno. Pois bem, o boletim bem como os
últimos leilões eram por mim digitados, no meu computador
pessoal. Acontece que não adianta ter um computador na Sociedade,
se ele não for utilizado. Esbarramos num pequeno problema. A Rosângela,
funcionária da S.N.P., nunca tinha trabalhado com computador. Mas
quem não sabe, aprende.
Todo o texto, que o Antonio Tomaz entregou manuscrito,
ela digitou sozinha. Às vezes eu ligava para a Sociedade e perguntava
como estava indo, quais eram as dúvidas, explicava, faz isso, faz
aquilo, espera que se eu conseguir um “tempinho” eu passo aí e te
explico melhor algumas de suas dúvidas. Eu mesmo no (já antigo)
primeiro boletim ainda me “bati” e “apanhei” um bocado do computador e
do editor de texto da época, o Wordstar.
Terminada a digitação pela Rosângela,
imprimi o texto e passei a conferência para o Antonio Tomaz. E como
era de se esperar, ele me devolveu o texto marcado, onde apareceram um
“monte” de erros. Na verdade muito mais do que eu imaginava que poderiam
ocorrer. Erros de palavras copiadas erradas, por ser manuscrito e a Rosângela
não entendeu bem a letra, frases inteiras não digitadas,
palavras não digitadas, palavras digitadas sem acento e que o computador
não reconhece o erro automaticamente na correção,
pois a palavra existe com e sem acento, tal como, ai e aí, pais
e país, etc., o que me obrigou a fazer a conferência manual
de todo o boletim, ler e reler o “danado” várias vezes, achando
além dos erros marcados pelo Tomaz, outros que por ele acabaram
passando.
Tínhamos pressa na confecção
deste boletim, mas para encurtar a História, se eu levo, digamos,
30 minutos para digitar e conferir uma página do boletim, eu levei
para fazer a correção dos erros encontrados mais de uma hora
e meia por página, tornando este boletim um dos mais suados e mais
demorados no que diz respeito a sua confecção, ou horas de
trabalho. Existe ainda o tempo da digitação das propagandas
e de toda a formatação, para quem não sabe o que é
formatação, é, digamos, o “enfeite”, as bordas, recuos,
sombras, aproveitamento de espaços, tamanho e tipo de letras, negritos,
destaques, inclinações, colunas, tamanho de página,
tamanho de margens, tamanho de folhas, orientação do papel
para impressão, etc.
Depois da digitação de parte deste
boletim a Rosângela já fez alguns outros trabalhos de digitação,
com destaque para o cadastro de sócios de outra Entidade Numismática,
ou seja nome e endereço de mais de 1.000 nomes de colecionadores,
que passam a fazer parte de arquivo de dados da S.N.P, que continuamos
ampliando.
O que temos a dizer à Rosângela,
é que errando também se aprende. Sabemos que hoje ela sabe
muito mais de computador do que ela sabia antes, e é isso que interessa,
aprender, melhorar, sempre.
Outro comentário que faço, é
sobre as matérias para o Boletim. Peço mais uma vez para
quem tiver matérias interessantes sobre numismática ou afins,
que nos entregue para publicação. O Tomaz não falha.
É só eu comentar com ele que precisamos de mais matérias
e ele passa a madrugada escrevendo e traz no dia seguinte. Ele não
mede esforços, é um grande colaborador. Mas, quem escreve,
normalmente está sujeito a algumas discordâncias ou concordâncias
por parte do leitor. Neste boletim, o Tomaz fez uma matéria intitulada,
Comentários do Boletim nº 5, onde ele diz que o nome Feirinha
é inadequado para a super feira do Largo da Ordem. Acontece que
no Boletim nº 5, o Tomaz escreveu uma matéria sobre as perguntas
que normalmente aparecem para os moedeiros da praça. Como eram histórias
acontecidas na Feirinha, coloquei o título da matéria de
Histórias da Feirinha do Largo da Ordem, não querendo com
isso dizer que a Feira é pequena, é claro, pois a conheço
de ponta a ponta. Na verdade é uma forma carinhosa de se referir
a Feira, até porque é como sempre eu ouvi falar do nome da
Feira. Até, apenas o nome Feira, quando dito, me lembra venda de
legumes, frutas, etc. Vai ver que é por isso também, que
o pessoal diz Feirinha.
Mas Feira ou Feirinha do Largo da Ordem todo
mundo daqui sabe onde fica. Acho que o Tomaz, quis divulgar a Feira, estimada
por todos daqui, para o pessoal que ainda não a conhece, dando nomes
de ruas, praças e localizações do setor de colecionismo.
Na matéria por ele escrita, “E ACABOU
A FEIRA DOS SÁBADOS”, e na matéria, “COMENTÁRIOS DO
BOLETIM Nº 5”, há duas informações que
são: As feiras começaram em Curitiba em 1972. Um pouco atrasadas.
A de Porto Alegre é de 1963.
Aqui o seu início, como em todos os outros
lugares, é aos domingos, pela manhã no Largo da Ordem, cujo
nome oficial é Praça Cel. Enéas.
Interessante como os nomes pegam: - A feira de
domingo, realmente começou no Largo da Ordem em 1972. Já
em 1976, passou para a praça Garibaldi, que fica a uma quadra do
Largo da Ordem. Está lá até hoje.
Sem querer, olhando a lista telefônica
de Curitiba de 1997, me deparo com a foto do Largo da Ordem, e está
lá na página 2...
NOSSA CAPA - LARGO CORONEL ENÉAS
Localizado no Setor Histórico de Curitiba
que compreende ainda a Rua São Francisco e as praças Garibaldi,
João Cândido e Generoso Marques, tornou-se conhecido como
Largo da Ordem, pois nele se encontra a Igreja da Ordem Terceira de São
Francisco das Chagas, a mais antiga da cidade...
Fonte: SEET - Paraná Turismo
Fica aí, a informação da
Secretaria Estadual de Turismo. Esperamos que esteja correta. Tivemos uma
tiragem de 300 boletins para o boletim nº 5 e teremos uma tiragem
de 300 boletins para este, o nº 6, que como sempre, será distribuído
gratuitamente aos sócios e Entidades Culturais, Bibliotecas e Associações
Numismáticas.
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